Nossa profunda e obscura obsessão por vampiros

Alho, crucifixos e luz do dia e uma boa decapitação deveriam ser fraquezas de vampiros, mas na cultura pop moderna, as sanguessugas parecem imbatíveis.

São 112 anos desde que o clássico irlandês “Drácula” de Bram Stoker estourou nas livrarias européias, uma amálgama literária da história de Conde Dracula, príncipe da Valáquia (também conhecido como Vlad, o Empalador), com um traço de folclore romeno. Aquele personagem icônico deu origem a varias interpretações, da versão cinematográfica de Bela Lugosi e Christopher Lee de “Drácula”, aos vampiros dos sucessos da TV "Sombras da Noite" e “Buffy: A Caça-Vampiros”, e até mesmo o conde de “Vila Sésamo” e o conde Chocula do famoso cereal.

Contudo, nos dias atuais, vampiros são abundantes como morcegos fora de você sabe onde, especialmente os vampiros mega populares dos livros que acabaram indo para as telas de ‘Crepúsculo’, ‘True Blood’, e ‘The Vampire Diaries’. Com mais de 70 milhões de livros vendidos, a série ‘Crepúsculo’, de Stephenie Meyer é um fenômeno muito bem difundido, principalmente entre os adolescentes. A adaptação do primeiro filme, ‘Crepúsculo’, rendeu aproximadamente 200 milhões de dólares nos cinemas no ano passado, o que é um bom começo para a seqüência, ‘Lua Nova’. “True Blood, baseada nos romances de Charlaine Harris, teve sua segunda temporada completada em setembro e é a segunda série mais assistida da HBO de todos os tempos, atrás de ‘Os Sopranos’. E mais pessoas assistiram à estréia de “The Vampire Diaries” na CW do que qualquer outra estréia na história do canal.

Aqui está algo sobre os vampiros de hoje em dia: Em vez de saírem do túmulo com pedaços de carne pendurados fora deles, agora eles são lindos.

O palco e as telas desencadearam essas mudanças, de acordo com Dacre Stoker, bisneto de Bram Stoker, autor da seqüência ‘Drácula’ , ‘Dracula: The Un-Dead’ com o especialista em vampiros Ian Holt. “O personagem do Drácula original não era chamativo, charmoso, vindo do leste europeu com um sotaque sexy e o cabelo puxado para trás”,
ele diz. “Ele era tipo um homem velho e feio com cabelo nas costas das mãos. Mas uma vez que precisou ter um maior apelo sexy, foi quando [Hollywood] começou a criar esses homens elegantes que podiam piscar para as garotas e ter algum magnetismo.”

Uma das razões para os jovens se interessarem por essas novas histórias, especialmente com a Série Crônicas Vampirescas de Anne Rice, ‘Crepúsculo’ e ‘The Vampire Diaries’, é a idéia de que os vampiros estão entre nós. Em ‘True Blood’ eles estão simplesmente tentando se encaixar na sociedade. Com freqüência eles também estão sendo vistos como mais vulneráveis e menos predatórios, afirma Karen Sternheimer, uma socióloga da ‘University of Southern California’. “Vampiros se parecem com a gente, mas são diferentes, e essas são experiências que muitos jovens podem relatar”, ela diz, “principalmente lidando com, não apenas o aspecto físico dos relacionamentos, mas também os aspectos emocionais, o perigo versus o atrativo do “amor proibido” que realmente ressoa com muitas jovens.”

Mas é a vida eterna dos vampiros - com um jogo amoroso imprevisível, é claro – que os mais velhos percebem. “Vampiros nunca precisam se preocupar com seguro, não tem problemas com os ossos e nunca terão que usar óculos,” diz a autora Haris, que tem mais de 100 milhões de romances de Sookie Stackhouse impressos e recentemente lançou uma breve coletânea. “A Touch of Dead”. “Eles simplesmente não terão problemas com o envelhecer daqueles rostos humanos, e isso é muito atraente, especialmente, talvez, para os americanos.”

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